-Bem, não é tão impolgante, mas é a verdade.

Eu estava sentada na cama, quando ouvi a porta bater com força. Ouvi gritos e sabia que era meu pai chegando mais uma vez bêbado em casa. Como ela fazia aquilo com seus filhos? e com sua mulher? Eu nunca conseguiria intender aquilo tudo. Eu nao me encaixava naquela vida. Nada do que tinha nela, me deixava feliz por pelo menos um instante. 
Foi aí que fechei os olhos. Sempre fazia isso pra voar para um lugar distante, deixar minha mente livre, e construir um vida plena, onde eu era linda, meu pai era um homem bom, de caráter, e que amava seus filhos acima de tudo. Minha mãe era um dama, realmente, e eu a amava ainda mais. Meu irmão conseguia enxergar a vida: as cores, a beleza escondida em cada momento, em cada lugar, em cada expressão no rosto de quem a gente ama. Ele era a única pessoa de quem eu tinha real pena- ele nascera cego, e eu sabia que sofria com isso.
Abri os olhos. Fui até a mesinha que havia no meu quarto, e pus as mãos em cima dela. Fechei os olhos novamente. Meu sonho era poder um dia tocar piano. Embora, nem tivesse um ainda, eu sabia várias das canções, e quando me concentrava, podia ouvir as notas mais altas, se unirem com as mais baixas, até ter dentro de mim um música completa. Meus dedos se mexiam calmamente, no ritmo da melodia. Eu nunca havia me sentido daquele jeito. À minha volta, eu conseguia ver pessoas de toda as idades, me olhando atentamente, esperando a próxima nota. eu estava num lugar lindo, com detalhes dourados, flores cuja espécie eu nao conhecia, iluminavam o lugar. Mas de todas aquelas pessoas, uma delas me chamou atenção. Um homem. Eu não consigiua reconhecer, talvez fosse...
Foi quando fui interrompida.
Eu devia estar ficando louca. Ou esse era meu estado normal? Não sabia responder. Ou talvez nem soubesse. Que diferença faria? Niguém se importava mesmo. 
Fui até a janela para ver as estrelas, sentir o vento refrescar a alma. "Talvez os sonhos sirvam para nos mostrar que o céu não é o limite pra voar", pensei. De vez enquando, eu ainda podia ouviar a melodia presente no quarto. Foi tão real. Senti uma pontada de dor. Como era injusto aquela vida. Tudo que eu mais desejava, nunca poderia ter.

Eu parecia ter me perdido nos pensamentos.
-Eiii Jane. onde você anda amiga?

Meu amigo me chamava.
- Foi mal. me perdi nas lembranças.- Rimos por um tempo. Não que tivesse graça naquilo, mas qualquer coisa pra nós era motivo de risadas. Harris quebrou o silêncio.
-Achei bonita sua história. Meio louca talvez.- Riu.-Fica calma, você vai consiguir.

Entrei no palco. Vi aquela menina insegura ao meu lado, uma cópia perfeita de mim mesma. Aquela menina que sonhou a vida inteira, mas que agora eu a deixaria para atrás, afinal, o seu maior sonho tambem era o meu, e realizaríamos ele juntas. Por um momento, pensei ter visto meus pais na pláteia. Era impossível. Eles nunca haviam me apoiado, e deveriam me odiar até hoje.

Sentei em frente ao piano. Olhei mais uma vez à minha volta. Todos me olhavam atentamente. Respirei fundo. Eu sabia fazer aquilo, mais do qualquer coisa na vida. 
Era quase que automático. Senti a felicidade mais profunda em mim. As notas finas reverberado em minha mente, se juntando com si mais baixo. Fechei os olhos. Eu podia ver a verdade, sentir ela. Eu via perdão- por tudo que meus pais haviam feito. Por que não há garantia de que a vida será fácil, e no fundo, me pareciam válidas tudas aquelas cenas que tinha visto, eu evoluira com elas.
Aquele momento tinha sido eterno pra mim, mas havia chegado ao fim. Respirei fundo mais uma vez. Olhei para frente, havia milhares de pessoas me assistindo, todas reais, enfim. Eu me curvei, em sinal de respeito. Saí do palco nervosa, apreensiva. Teria ficado bom? Foi quando avistei aquele homem encostado na parede me observando. O mesmo que me observava quando eu estava sonhando. estaria eu.. ?

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Gente, eu sei. Não ficou nada bom. aliás, to começando a ficar nervosa. Não tenho idéias para criar um conto melhor. Esse texto saiu sei lá de que jeito, no fundo, acho que ficou confuso demais, e não consegui chegar onde eu queria. mas fazer o que? acho que todos os escritores, sejam de livros, como de pequenos contos, como eu, sofrem de falta de idéias. =/ entao, se quiserem me sujerir algumas, eu realmente agradeceria *-*

beijos, Adriana Schönell 

3 comments

camila assim sabe | 20 de setembro de 2010 às 09:24

Fala sobre uma menina q os pais tinham uma sorveteria, ou conta sobre um internato *O* um draminha um amr *o* Vaai fikar mto mara amga '

ADQUERI O SEU LINK , -PARCERIA?
http://cah-aah.blogspot.com/ <-- pega o meu lá dps *o*

Daniel Savio | 20 de setembro de 2010 às 10:10

Achei interessante, pois você primeiro introduz o ínicio do personagem (uma infância com um pai bebado), depois salta anos a frente...

E quem disse que precisa contar as história em ordem cronologica (como ela conseguiu o piano, como pai se indiretou e por ai vai)?

Fique com Deus, menina Adriana S.
Um abraço.

A Menina que amava livros | 20 de setembro de 2010 às 12:00

Ah, ficou bom sim ^^'
Com certeza escritores também sofrem de falta de criatividade - embora essa seja sua principal ferramenta. rs'
Se preocupe não, quando chega esses momentos sem ideia, há sempre uma luz no fim do tunel que te mostra uma historia totalmente nova e perfeita para contar a outros *-*'

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